No Japão, o shichuu é um prato tão popular quanto o karê rice (ed.307) e o hambaagu (ed.353), entre as crianças. Importado da Europa pelo Japão, passado cerca de cem anos, ele já é comum no cotidiano japonês.
O shichuu é um cozido de carne e verduras em um caldo. No Japão, quando se fala em shichuu, vê-se dois pratos, o kuriimu shichuu, cozido com frango (ou carne de porco), batata e cenoura, em leite ou creme branco; e o biifu shichuu, cozido com carne bovina, batata, cebola e cenoura, com molho de tomate ou vinho tinto. No Japão, o prato é servido em restaurantes e também em casa, utilizando-se a base para shichuu vendida em mercados. O shichuu é servido com pão francês ou com arroz branco.
Aspectos Históricos
O shichuu foi trazido da Europa na Era Meiji (1868-1912) e já possuía espaço nos cardápios de Yoshoku Restaurant (restaurantes de comida ocidental adaptada ao paladar japonês). Chegando na segunda metade da Era Meiji, esse prato começou a aparecer nas revistas femininas. Mas, enquanto os leitores dessas revistas estavam limitados à classe alta, esse prato não caiu no gosto popular. Entretanto, na Era Showa (1926-1989), o shichuu foi divulgado pouco a pouco dentro das modernas casas da cidade e, até então, era um dos pratos mais difíceis de ser preparados.
Após a guerra, como merenda escolar, o kuriimu shichuu apareceu por todo o país – mas o prato servido na escola não era cozido com creme branco, e sim com farinha de trigo.
Na década de 60, depois do lançamento do ruu (base de shichuu inteiro (ou ralado) cozido com farinha de trigo, óleo vegetal, leite em pó, queijo, condimento etc.) por uma fabricante de alimentos, qualquer pessoa passou a preparar esse prato com facilidade, e o shichuu tornou-se um prato comum no dia-a-dia dos japoneses.
Origem da palavra
Em inglês, shichuu é stew e significa “cozido com creme e verdura”. Já a origem da palavra stew é étuver, termo francês para cozinhar.
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