domingo, 3 de janeiro de 2010

Korokke Croquete japonês é consumido como acompanhamento ou sozinho mesmo.


Como o próprio nome indica, korokke é o croquete japonês, extremamente apreciado por pessoas de todas as idades no Japão e mais um dos pratos representantes da culinária youshoku (comida ocidental adaptada ao paladar japonês).

Ele pode ser consumido acompanhando o arroz branco, o macarrão udon (korokke udon), o kare raisu (korokke karê), como recheio de sanduíches (korokke pan), ou simplesmente sozinho, sendo muito procurado nas seções de alimentos das lojas de departamentos japonesas. O seu nome pode variar conforme o ingrediente agregado. Por exemplo, se levar milho, ele passa a se chamar corn korokke; com camarão, ebi korokke e assim por diante.

Aspectos históricos
O principal ingrediente do korokke, a batata, é originário dos Andes peruanos e bolivianos, onde era consumido pelos nativos, e foi introduzido na Europa na época das grandes navegações do século XV. Assim, os países europeus foram os responsáveis pela difusão da batata no mundo, através da colonização ou do comércio, e, no Japão, aconteceu por volta de 1600, pelo intercâmbio com os holandeses. Inicialmente, porém, a batata não agradou ao paladar japonês, e seu cultivo deslanchou verdadeiramente na Era Meiji (sécs. XIX~XX), quando a batata do tipo danshaku, introduzida pelos americanos, passou a ser produzida na região de Hokkaido.

Como outros pratos youshoku, o korokke foi introduzido no Japão durante a Era Meiji, no final dos anos 1800, originariamente preparado como o croquette francês, isto é, misturando-se vários ingredientes a um molho branco espesso, que, depois de frio, era formatado em bolinhos, que eram, então, empanados em farinha, ovos batidos e panko (uma espécie de farinha de rosca grossa) e fritos em pouco óleo ou na manteiga. Atualmente, um tipo similar de korokke, o kuriimu korokke (croquete cremoso), ainda é consumido, mas a versão que mais se popularizou para o consumo doméstico foi a preparada com batatas amassadas, cebola e carne moída refogadas e outras variações, que, depois de empanadas, são fritas em óleo quente por imersão.

Na Era Taisho (1912~1926), o korokke já era considerado um dos três pratos yoshoku mais populares do país, ao lado do karê raisu e do tonkatsu (carne de porco à milanesa). Um exemplo disso, foi a música lançada em 1917, Korokke no Uta (Canção do korokke), de Masuda Taro, um grande sucesso da época. Um dos fatores que contribuíram para a popularização do bolinho foram os açougues, que passaram a aproveitar a carne que não era vendida, moendo-a para utilizar como ingrediente do korokke, rapidamente assimilado pelo público, que o comprava pronto para comer. A marinha militar imperial japonesa, que valorizava as frituras em sua dieta como fontes altamente energéticas e de baixo custo também ajudou a difundir o korokke no país, dando origem ao kaigun korokke (croquete da marinha militar).

Com a Segunda Guerra Mundial, o posterior racionamento alimentar e o conseqüente fechamento de vários restaurantes, o korokke deixou de ser produzido, voltando efetivamente ao mercado consumidor somente por volta de 1960, resgatando toda a popularidade anterior.

Formato
Normalmente, o korokke servido nos youshokuya apresenta um formato cilíndrico, enquanto aquele vendido pronto, nos quiosques de alimentos, tem um formato oval e levemente achatado. O formato cilíndrico originou-se entre 1918 e 1919, nos youshokuya de Ginza, um bairro nobre de Tóquio, por conferir uma apresentação melhor ao prato do que o formato achatado e oval, mais apropriado, porém, para ser disposto nas bandejas dos quiosques populares.


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